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Itapiranga
segunda-feira, maio 26, 2025
ALESC

Estudantes da Uceff divulgam projeto sobre formação social e sustentabilidade

Alexa Gluitz, Andréia Kist, Dhandara Ruhoff, Douglas Paulata, Francisco Petry, Mayara Vogt e Stefany Schmitz são estudantes do 3º semestre do curso de Ciências Contábeis da Uceff de Itapiranga. Durante as aulas de Formação Social e Sustentabilidade, os estudantes foram incentivados a elaborar um relatório respectivo aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, as ODS, que referem-se a metas feitas para melhorar o mundo, trazendo a sustentabilidade como uma solução e uma perspectiva de mundo.

No projeto o grupo abordou três Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: ODS 5- igualdade de gênero; ODS 6- água potável e saneamento; e ODS 7- energia limpa ível. Na oportunidade os estudantes conversaram com personalidades que baseiam sua filosofia de vida na formação social e sustentabilidade. Buscando trazer à tona a importância de ambos os gêneros na atividade econômica e no contexto desenvolvido, assim como a importância da água e da energia limpa no contexto social, os estudantes divulgam os resultados das entrevistas.

SILA MARIA SPIES SCHROEDER

A empresária e palestrante Sila Schroeder foi a escolhida para abordar sobre o tema “igualdade de gênero”, sendo uma Empreendedora na cidade de Tunápolis – SC, há mais de cinco décadas, que trabalha juntamente com a sustentabilidade ambiental, econômica e social. Sila Maria Spies Schroeder, desde muito nova tinha hábito de estudar, gostava de ler, escrever não apenas o português, mas também a língua alemã. Foi o conhecimento da língua alemã que a fez dar o primeiro o em sua carreira. Foi contratada por Egon Berger para istrar sua madeireira e mantê-lo informado nos meses que ficava na Alemanha, através de relatórios semanais enviados por cartas. Com o falecimento de Egon, Sila decidiu empreender.

Durante dois meses se dedicou ao estudo de áreas para empreender em ramos que ainda não possuíam atividades em Tunas, ainda distrito de Itapiranga. Buscava novidades, pois queria exclusividade e para um bom período não desejava concorrência. Foi a partir de uma página de classificados do jornal Diário Catarinense, que localizou um anúncio de uma serralheria. Em 1989 a Serralharia Schroeder era inaugurada, no mesmo ano de emancipação da cidade. Serralharia Schroeder e Tunápolis, dois novos ciclos para Sila. Nasce a empresária e secretária de finanças e planejamento, uma vez que Sila atuou durante a primeira gestão nesse cargo.

Em 2000 Sila concorreu ao cargo de prefeita, mas não foi eleita. O que para muitos poderia ser o fim da carreira, para ela foi a virada de chave. Nesse período aumentou a dedicação a empresa alavancando as vendas, focando no aperfeiçoamento dos profissionais e novidades dos produtos e das matérias primas, tornando-se referência no Oeste Catarinense em produtos de qualidade, atendimento e instalação. Nesse mesmo período ela começou a ministrar palestras.

Durante a pandemia Sila descobriu o câncer de mama, oriundo de questões hormonais. No mesmo período a filha mais nova também é diagnosticada. Sila conta que foi o período mais difícil até agora, mas foi uma fase necessária para refletir sobre a importância da vida e da família e como todos os dias devem ser comemorados. “As dificuldades podem ser diversas, mas para mim, o fato de ser mulher não foi uma delas para me tornar empreendedora, talvez até mesmo me ajudou a conseguir conquistar tudo o que tenho hoje”.

Atualmente o Grupo Schroeder é formado pelas Esquadrias Schroeder, Qualitá, Ferro Nobre e Maga Metais e trabalha fortemente as questões de sustentabilidade. Durante a entrevista foi perceptível a preocupação com o tema. O desenvolvimento dos funcionários é o carro chefe para a empresa oferecer um produto de qualidade e excelência no atendimento. Para diminuição dos custos e preocupação com o meio ambiente, é utilizada a água das chuvas e com isso também foi desenvolvido o produto calha limpa para melhor usufruir de água limpa nos processos e oferecer melhores opções para os clientes. Além disso, o grupo se preocupa com as energias renováveis, sendo que hoje quase toda energia consumida vem de produção própria através de placas solares.

A história de Sila Schroeder é uma lição sobre perseverança, resiliência, visão empreendedora e compromisso sustentável, atitudes essas necessárias no mundo dos negócios.  Oferece um exemplo poderoso de como dedicação e determinação podem superar desafios e inspirar mudanças significativas na sociedade.  Sua história não apenas destaca o potencial empreendedor das mulheres, mas também destaca a importância da sustentabilidade social no ambiente empresarial.

GRANJA SCHMITZ

A Granja Schmitz é um empreendimento rural, que trabalha no segmento de Suinocultura, no sistema de Terminação, fase final da criação de suínos, e é integrada da empresa JBS. A granja tem suas atividades conduzidas 100 % com mão de obra familiar. É uma propriedade comandada por uma mulher, Aline Rambo, e com isso consegue se destacar três aspectos relacionados às ODS, a Igualdade de Género, Água Limpa e Saneamento e Energia Limpa e ível. Considerando-se que a água demandada na atividade é proveniente da captação da chuva, sendo armazenada em reservatórios artificiais (cisterna) e também reservatório natural (açude), e toda essa água a por uma ETA (Estação de Tratamento de Água) antes de ser destinada ao consumo dos animais. Em casos de escassez de água, a propriedade usa água de um poço artesiano. A energia gasta na propriedade é produzida de forma limpa, por meio de placas solares.

Conforme Aline, antigamente considerava-se esse serviço de criação de suínos um trabalho de homem, não havia relatos de mulheres trabalhando nesse segmento. Hoje ela afirma que é muito gratificante desenvolver e trabalhar nessa atividade.

Aline afirma que sua rotina de trabalho na granja começa cedo, tendo que verificar se tem alimentos suficientes, mesmo sendo tratador automático, monitorar os animais doentes e vaciná-los se necessário, dar uma olhada se tem água suficiente, e as demais atividades de organização das instalações.Ao todo a capacidade de alojamento nos dois chiqueiros é de 2.640 suínos.

Em conversa, foi destacado que o bom resultado no lote de suínos é muito atrelado a qualidade da água que é ofertada aos animais, ou seja, para o suíno converter bem ele precisa receber água em quantidade necessária e também com uma ótima qualidade. Foi por causa disso que eles implantaram na propriedade uma ETA, onde toda água que é consumida pelos animais é tratada.

Na propriedade foi instalada também um gerador de energia fotovoltaica. A propriedade estuda a possibilidade de implantação de um sistema de biodigestor, para assim se conseguir o aproveitamento do gás gerado pelos dejetos dos animais.

ANDERSON RHODEN

Anderson foi o último escolhido pela ampla capacidade com o tema abordado referente a ODS 6- Água Potável e Saneamento, sendo ele engenheiro agrônomo, mestre em ciência do solo, doutor em agronomia, licenciado em química, também é professor da UCEFF na área de agronomia, medicina veterinária e biomedicina, trabalhando na área ambiental. O fato de maior relevância para este trabalho é seu cargo como presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Antas.

O comitê existe desde 2003, legalmente, mas a atuação começou com maior foco a partir de 2009. Em 2010, a FAI, atual UCEFF, estendeu o convite para que Anderson particie como representante da instituição, sendo ele um dos professores que mais tratava com o tema, por conhecer a região e trabalhar as questões que tratavam de solo, água e meio ambiente.

Relacionado ao manejo das águas, Anderson cita que foi melhorado em função das parcerias que o comitê proporciona, e também pela orientação às empresas que indicam ao produtor os benefícios da cisterna na retenção da água e prevenção das épocas de pouca regularidade das chuvas. Ele comenta que as energias renováveis tem destaque para pequenas centrais hidrelétricas, principalmente no rio das Antas, mapeadas pelo comitê e também para produtores que utilizam o biodigestor.

Em palavras finais, ele destacou que hoje o comitê é reconhecido como órgão atuante, reconhecido pelo ministério público, SEMAE – Secretaria do Meio Ambiente Economia verde, comentou ainda sobre a proporcionalidade da formação do comitê que é 40 % de membros da sociedade, 40% de usuários de água e 20 % do poder público, tendo 30 entidades membros.

CONCLUSÃO

A acadêmica e participante do projeto, Alexa Gluitz, em nome do grupo afirma que “nosso intuito é explanar essas três histórias visando influenciar as pessoas para buscar a aprender ou conhecer um pouco mais sobre as ODS, a sustentabilidade em si. Também incentivar e mostrar que há atitudes que possamos fazer que ajudam o meio ambiente, e que não são difíceis de executar”.

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