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quinta-feira, maio 29, 2025
ALESC

Empreiteira da ETA de Macuco vai embora por falta de luz e pagamento de parcelas do Estado

Como noticiado na última edição do JE de 2024, dia 12 de dezembro, no aniversário do município de São João do Oeste, foi inaugurada a ETA de Macuco e recalque d’água do Rio Uruguai. A obra foi fruto do trabalho da comissão de água criada em 2021, na gestão anterior, para resolver definitivamente, por vários anos, a problemática da falta de água em períodos de estiagem e acompanhar o crescimento do município. Antes foi realizada a obra de recalque de água bruta, do Rio Jundiá, na Linha Vale Pio, para auxiliar o abastecimento da ETA de Beato Roque. Também outras obras de armazenamento de água foram realizadas, bem como novas redes de abastecimento para a população foram executadas.

Como diz a placa, pendurada na cerca da nova ETA de Macuco, o investimento foi de R$ 11.381.180,34, fruto de uma Transferência Especial Voluntária (TEV) Nº 10677/2023 de R$ 5 milhões do Governo do Estado. Também houve uma contrapartida de R$ 6.381.180,34 do Município, que foi financiado pela CAIXA, autorizado pelo Legislativo Municipal.

A obra foi licitada e o vencedor do certame foi o Consórcio GRAFF-CFO ETA São João do Oeste. Como diz na placa, as obras tinham data de início em 21/03/2024 e término 16/11/2024, mas na realidade as obras só deram início dia 22 de maio de 2024.

No dia da inauguração, a istração da época deu conta que 95% das obras estariam concluídas, faltando só 5% para a ETA definitivamente entrasse em funcionamento. Para fazer o teste inicial do bombeamento da água do Rio Uruguai e inaugurar a obra, a prefeitura contratou um gerador de luz, uma vez que a Celesc ainda não havia ligada a nova rede construída.

Diretor da Água, Egídio Simon

Em 1º de janeiro assumiu o novo governo. Para o cargo de Diretor da Água foi nomeado o ex-vereador Egídio Simon, popular Chidi. Nesta semana a reportagem do JE novamente se deslocou até o local da obra para conferir os trabalhos de conclusão.

A empreiteira estava acabando de instalar as bombas de recalque de água limpa no morro de Macuco e ligar na rede geral de água com destino para o grande reservatório instalado no topo do morro, entre Macuco e a cidade de São João do Oeste. De lá a água vai por gravidade até na cidade, seu destino final.  Conforme informou um dos funcionários, são duas bombas de recalque que funcionarão de forma alternada, comandadas por um .

Por outro lado, apenas na segunda-feira deram início às obras dos dois tanques de lodo que serão instaladas junto a ETA de Macuco. A obra foi licitada a parte: o primeiro certame deu deserto e na segunda tentativa, após observar os prazos, a licitação foi vencida pela empresa HAB Soluções em Construções, de Iporã do Oeste, pelo valor de R$ 251 mil. Conforme um dos funcionários da empresa, a obra levaria aproximadamente 2 meses para ser concluída.

Empreiteira deu início a obra civil das caixas de lodo, na segunda-feira, 27

Já na estação de recalque de água do Rio Uruguai, na Linha Chapéu, Itapiranga, a nossa reportagem encontrou a bomba retirada da água e o gerador de luz não estava mais no local.

Conforme o novo diretor d’água, Egídio Simon, a nova istração concentrou todos os esforços para que a ETA entrasse em funcionamento o mais rápido possível, uma vez que via acontecendo uma nova estiagem nos primeiros dias do ano. Simon disse que o maior entrave é o fato de a Celesc não ligar a nova rede de luz, que não foi aprovada pela perícia da empresa. Ele explica que há um trecho que a rede, entre dois postes, não atinge a altura de 6 metros (o mínimo exigido). Assim sendo, a Celesc não ligaria a luz antes que o problema seja resolvido.

Outra situação que a nova istração encontrou, segundo Egídio, foi a falta de pagamento de parcelas por parte do Governo do Estado desde novembro do ano ado. São aproximadamente R$ 1 milhão que a empreiteira tem a receber do Estado e o Município, mesmo tendo dinheiro em caixa, não pode adiantar este dinheiro por força da lei de responsabilidade fiscal.

Simon disse que a empreiteira está finalizando a obra civil que compete ao consórcio, mas por falta de luz e a conclusão das caixas de lodo, não pode nem sequer fazer os testes do sistema. Quanto as caixas de lodo, Egídio explica que existiria a possibilidade de improvisar caixas até que as definitivas sejam concluídas.

Qual o desfecho? Com todos estes problemas da falta de luz, parcelas a receber do Estado e a não conclusão das caixas de lodo, infelizmente, disse Egídio, a empreiteira está indo embora, apesar da istração estar fazendo todos os esforços para que a Celesc ligue a luz e que o Governo do Estado pague o devido. 

Egídio afirmou que a bomba de recalque do Rio Uruguai será recolhida para o pátio da municipalidade. “Infelizmente esta é a realidade”, conclui Simon.

Matéria publicada na edição 974 de 30 de janeiro de 2025.

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