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quarta-feira, maio 28, 2025
ALESC

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

FAZENDO HISTÓRIA NO ESPORTE

Sábado, 8 de março, celebramos o Dia Internacional da Mulher, uma data que nos lembra da importância da igualdade de gênero e da luta pela justiça e pelos direitos das mulheres em todo o mundo.

Neste contexto, queremos destacar as mulheres que estão fazendo história no esporte regional. Mulheres que, com sua determinação, habilidade e paixão, a cada dia quebram barreiras e superam obstáculos.

De atletas a árbitra, essas figuras são verdadeiras inspirações para todas as mulheres e meninas que sonham em seguir carreiras nos esportes. Nesta matéria vamos conhecer somente algumas delas. Que essas histórias inspirem a todas, não somente para o esporte, mas para a vida.

São-joanense integra arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol

No mundo do futebol, onde a presença masculina é majoritária, há uma nova geração de mulheres que está mudando o jogo. Árbitras de futebol, elas estão quebrando barreiras e conquistando seu espaço no esporte. Sandy Beatriz Konrad, natural da comunidade de Ervalzinho, interior de São João do Oeste, é a primeira mulher da região de Itapiranga a integrar a arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol.

Falando de quando e como começou sua ligação com o esporte, Sandy afirma que foi desde a escola. “Quando frequentava o Ensino Fundamental na Escola de Ervalzinho, o professor de Educação Física, Paulo Vergutz, era um grande incentivador do esporte. Foi quando comecei a competir nos Jogos Escolares de Santa Catarina, Moleque Bom de Bola e demais competições de futebol, futsal, atletismo, tênis de mesa. Assim fui me apaixonando pelo esporte. Mesmo após sair da escola, continuei jogando futebol e futsal. Além disso, acompanhava muito o futebol regional. Em 2019, acompanhando nossos campeonatos, despertou a curiosidade de conhecer mais sobre a arbitragem. Em 2021, logo após terminar a faculdade de istração, me matriculei na escola de arbitragem, no curso para se tornar árbitro profissional, necessário fazer para trabalhar para a federação. Ainda em 2021, parei de jogar futebol, entrei para a Liga Esportiva Fronteirista e comecei a atuar na arbitragem. Em 2022, atuei em vários jogos do campeonato regional. Em 2023, entrei para o quadro de árbitros da Federação Catarinense de Futebol, atuando em jogos de futebol de base. No ano ado, fui indicada e, depois de ar por todos os testes teóricos e físicos, comecei a integrar o quadro da CBF.

Sandy atuou como assistente em vários jogos de destaque, tanto femininos quanto masculinos:

  • Final do Campeonato Regional (Cometa x Ouro Verde)
  • Final do Campeonato Estadual – Fase Oeste (Aliança x Ypiranga)
  • Campeonato Brasileiro Feminino Sub 20 (Avaí/Kindermann x São Paulo, Avaí/Kindermann x Internacional)
  • Campeonato Brasileiro Feminino A1 (Avaí/Kindermann x Ferroviária)

Para 2025, a árbitra já realizou todas as provas teóricas e físicas, assim permanecendo no quadro da CBF, estando apta a realizar jogos estaduais e nacionais. “O objetivo é um dia chegar na Série A do Campeonato Brasileiro, o que ainda irá exigir muito foco, dedicação, coragem e determinação para melhorar o desempenho jogo a jogo”, enfatiza.

Sobre o que significa o esporte, Sandy destaca que é uma oportunidade para conhecer novos lugares, novas pessoas, novas culturas, é uma forma de integração e inclusão, independente do gênero, cor, etnia ou religião. “Estar no esporte com a arbitragem é muito mais do que lazer, é uma responsabilidade de contribuir para que o esporte aconteça, o que se torna muito gratificante. Não tem futebol sem arbitragem e não tem arbitragem sem futebol”.  Para ela, as mulheres estarem presentes no esporte mostram o quanto é importante haver igualdade e equidade entre gêneros. “Infelizmente, ainda temos que provar todos os dias que as mulheres são capazes de correr maratonas, que sabem fazer manobras de skate, que sabem jogar futebol e que sabem o que é um impedimento. Com cada vez mais mulheres no esporte, podemos provar a força das mulheres no esporte, mostrando que são capazes de tudo isso e muito mais”, finaliza.

Camila Flach: campeã nacional em lançamento de disco e peso

Camila Flach é moradora da comunidade de Popi, interior de Itapiranga e pratica lançamento de disco e peso. Em 2021, aos 16 anos, Camila foi convocada para a Seleção Brasileira Sub-18 de Atletismo e representou o Brasil no Campeonato Sul-Americano Sub-18 de Atletismo. Em 2022 foi campeã brasileira no lançamento do disco sub-18, além de campeã nas provas de peso e disco nos Jogos Escolares da Juventude. Camila foi multicampeã estadual, se tornou campeã sul-americana no lançamento de disco e peso. Em 2023 foi campeã brasileira no sub-20 e vice-campeã sul-americana no disco, além de campeã nos Joguinhos Abertos de Santa Catarina e campeonatos estaduais. Em 2024 foi medalha de bronze no campeonato brasileiro sub-20.

Colecionando medalhas e vitórias, Camila conta quando e como começou sua ligação com o esporte. “Sempre estive muito ligada ao meio esportivo. Desde pequena já praticava outros esportes na escola, como futebol e futsal. Também cresci em uma família de esportistas, o que me levou a estar mais ligada ainda. Praticava atletismo nas escolinhas, um projeto da istração municipal, no contraturno escolar. Iniciei as escolinhas em 2017, com provas de velocidade. O arremesso de peso surgiu em uma aula de testes para selecionar quais provas faríamos na competição dos jogos escolares. Fiz o teste e fui bem. O professor Cleison Back, que hoje é meu treinador, achou a marca boa e decidimos que seria umas das minhas provas. Me classifiquei para o estadual dos Jogos Escolares de Santa Catarina, na época realizados em Curitibanos. No Estadual me consagrei campeã no arremesso de peso e não fui bem na corrida de 75m. A medalha de ouro me deu vaga para o Brasileiro, os Jogos Escolares da Juventude. Nessa competição fiz o arremesso de peso. Foi aí que entrou o disco e deixamos a corrida de lado. Como o lançamento de disco se assemelha ao arremesso de peso, resolvemos fazer como segunda prova. Veio a surpresa: me consagrei campeã brasileira no arremesso de peso e vice-campeã no lançamento do disco. Foi aí que comecei a focar nesses esportes, mais dedicação nos treinos fora das escolinhas e, assim, participar de mais campeonatos estaduais e brasileiros”.

Para Camila, hoje o esporte é muito mais que um atempo ou algo voltado para saúde. “Eu vivo do esporte e para o esporte. Encontrei um propósito e construí sonhos no atletismo. Ainda sonho com muitas conquistas, como, por exemplo, as Olimpíadas. Além disso, o esporte me permitiu conhecer lugares e pessoas que nunca imaginei conhecer. Abriu muitas portas e me deu novos horizontes”.

A esportista destaca que a representatividade da mulher no esporte é muito importante. “Visto que há algumas décadas, o esporte era algo voltado apenas para o gênero masculino. Cada vez mais nós, mulheres, ganhamos espaço. Isso mostra a força da mulher, o quanto somos capazes e determinadas a fazer coisas incríveis, assim como os homens. Vejo que além desse espaço que conquistamos, estamos ganhando reconhecimento através de muitas mulheres que alcançaram grandes feitos. Isso encoraja cada vez mais mulheres a praticar e estar no meio”, destaca.

Itapiranguense soma mais de 300 medalhas

O esporte é uma forma de expressão, de liberdade e de realização. E para Simone Müller Matos é tudo isso e muito mais. Simone é uma grande entusiasta do esporte e pratica com frequência o futebol de campo e sete, vôlei de quadra e de praia, futsal, além do handebol. “Sou apaixonada pelo esporte desde as aulas de educação física da época do colegial. Minha família é esportista, então vivi o espírito do esporte desde a tenra idade”, destaca.

Simone explica que sua trajetória no esporte tem como base o handebol. Aos 12 anos ou a integrar a equipe escolar e obteve várias conquistas nas fases microrregionais, regionais e estadual. Porém, como o handebol é uma modalidade menos praticada, precisou se adaptar a outras modalidades, principalmente o futebol sete. “Nos reuníamos ao final da tarde no campo de futebol e jogávamos, meninos e meninas, todos misturados. Logo também ei a praticar o futsal e não satisfeita em apenas jogar, aos quase 30 anos frequentei treinos para aprimorar a modalidade”.

No voleibol, sua história iniciou mais tarde. “Não tive a oportunidade, na época da minha adolescência, em frequentar uma escolinha desta modalidade. Quando ei a morar em Itapiranga, onde resido há mais de 20 anos, comecei a jogar com mais frequência. Atualmente treino semanalmente e integro a equipe adulta e master de voleibol da Associação Desportiva de Voleibol de Itapiranga”. Além do vôlei de quadra, Simone também pratica e participa de campeonatos e torneio de vôlei de praia.

Como uma grande desportista, justamente o esporte mais praticado do Brasil e mais apreciado pelo mundo não poderia ficar de fora. “Meu último desafio foi me adaptar a modalidade de futebol de campo. Com a ideia de retomada desta modalidade na categoria feminina no município de Tunápolis (onde mantenho raízes por viver minha infância e ainda hoje residir meus pais), aos 36 anos ei a treinar uma modalidade que até então apenas assistia, mas não praticava. Atualmente sou tri campeã regional de futebol de campo com a equipe da AADT – Associação Atlética Desportiva de Tunápolis. Ainda, em 2024, participei do Campeonato Catarinense de Futebol de Campo, com a 4ª colocação, onde participaram equipes profissionais como Avaí/Kindermann e Criciúma”, destaca.

Hoje, aos 42 anos, Simone pratica várias modalidades em vários municípios da região, somando mais de 300 medalhas. “Elas carregam histórias de frustração, superação, amizade, mas, principalmente, a minha entrega e disciplina. Sempre digo que, para eu jogar para o seu time, preciso apenas de um convite! E assim vou colecionando amizades que perdurarão para sempre na minha memória afetiva”.

A atleta afirma que se emociona ao pensar em tudo o que o esporte pode proporcionar a um ser humano. “Não se trata unicamente de saúde, pois o esporte, enquanto atividade social, desenvolve princípios, valores morais e éticos, além de provocar uma intensa interação social. Posso dizer que o esporte teve um importante papel na formação do meu caráter, onde o objetivo depende unicamente de você, da sua disciplina e dedicação”.

Questionada sobre a importância da representatividade feminina no esporte, Simone afirma que é parte de uma luta contínua por igualdade e reconhecimento. “Apesar de praticar inúmeras modalidades, não tive a oportunidade de me profissionalizar, eis que na época as oportunidades praticamente não existiam. Cito, por exemplo, o futebol de campo que era praticado basicamente por ‘meninos’. Não haviam campeonatos de futebol de campo para ‘meninas’. Entendo que a representatividade feminina é importante no esporte para mostrar que a luta contínua por igualdade e reconhecimento, demonstrando que o talento, a dedicação e a resiliência transcendem qualquer barreira de gênero. Somos mães, profissionais, donas de casa e ainda esportistas, sendo merecedoras de reconhecimento”, enfatiza.

OCTACAMPEÃ BRASILEIRA

Quando se fala em esporte, muitas pessoas pensam em competição, vitórias e derrotas. Mas o que realmente faz a diferença é o amor pelo que se faz. A jovem Tainara Mees, moradora da comunidade de Cordilheira, interior de Itapiranga, pratica atletismo e sua paixão pelo esporte está levando-a ao sucesso. “Eu vivo o esporte todos os dias, desde a hora que levanto até a hora que vou dormir. Virou um propósito de vida. Meus maiores sonhos são construídos a partir dele e grande parte das minhas realizações foram frutos do esporte. Ou seja, minha vida é o esporte!”

Tainara explica que cresceu em uma família que sempre esteve muito ligada ao esporte. “Essa influência me fez gostar de praticar esportes de maneira geral, até que um dia conheci o atletismo e comecei a me destacar. Fui descoberta como um talento nesse esporte. Hoje em dia tenho a certeza que nasci para isso e, com certeza, muito se deve ao incentivo que tive da minha família e dos meus professores de educação física na minha época de escola”, afirma.

A atleta comenta que sua trajetória no esporte iniciou ainda na infância. “Sempre fui uma criança ativa, que gostava muito de praticar esportes no geral. Certo dia um professor de educação física entrou na sala e perguntou quem gostaria de fazer atletismo nos jogos escolares. Eu, sem a menor dúvida, me candidatei. Desde as minhas primeiras corridas, meu diretor da época sempre dizia ‘essa menina vai longe’. Em 2018, me destaquei no JESC a nível estadual e nacional. A partir desse ano, minha jornada começou”.

Hoje a jovem já conquistou diversos campeonatos estaduais, nacionais e internacionais. Se tornou Octacampeã Brasileira (8 vezes campeã), campeã sul americana e já acumula seis convocações para a Seleção Brasileira de Atletismo. “A partir do esporte conheci diversos países e culturas pelo mundo, e, atualmente, posso afirmar que eu vivo do esporte! A Tainara que aceitou o desafio lá dentro de sala naquele dia, jamais imaginaria onde a Tainara de 2025 chegaria. Tenho muito orgulho de toda a minha trajetória até aqui e muita gratidão por todos que me ajudaram a chegar onde estou. Além disso, tenho muita vontade de conquistar coisas ainda maiores lá frente!”, destaca.

Sobre a importância da representatividade feminina no esporte, Tainara acredita ser essencial para inspirar meninas, mostrar a força e resiliência das mulheres e destacar seu potencial como uma potência esportiva. “Mulheres no esporte quebram estereótipos e promovem um ambiente inclusivo, incentivando novas gerações a perseguirem seus sonhos e reconhecendo a verdadeira força das mulheres”, finaliza.

Tunapolitana brilha no handebol

O handebol é um esporte criado pelo alemão Karl Schelenz, em 1919. É muito praticado em escolas, devido ao aproveitamento das quadras de futebol de salão, uma vez que o desporto se fundamenta no futebol. Os jogadores tentam marcar o gol com as mãos e somente o goleiro pode utilizar os pés para tocar na bola.

Francieli Söthe, natural da comunidade de Pitangueira, interior de Tunápolis, é um jovem talento em ascensão no handebol. Recentemente a atleta renovou seu contrato, pelo segundo ano, com a Associação Maringaense de Handebol, da cidade de Maringá- Paraná, onde reside atualmente.

Francieli comenta que ingressou bem jovem no handebol e que começou sua trajetória no esporte ainda na escola, nas escolinhas de futsal, futebol de campo, handebol e aulas de patinação. “Como eu participava de competições em várias modalidades, acabei sendo vista pelo técnico da equipe de Chapecó em um campeonato de handebol. Com isso recebi a proposta para representar a equipe com 13 anos. Com o ar dos anos me desenvolvi nas categorias de base e participei de campeonatos de nível estadual e nacional, sendo campeã dos Jogos Escolares de Santa Catarina, bem como participei de peneira da seleção brasileira juvenil no ano de 2017”, explica.

Em 2019 a jovem recebeu a proposta para representar a equipe de Concórdia, a qual tem uma história inigualável dentro do handebol nacional. “O ano em que estreei na liga nacional e participei no mundial de clubes que ocorreu em Wuxi, na China. Em ambas as competições ficamos com a terceira colocação. Cheguei em Concórdia na categoria de base e treinava com o adulto, com grandes atletas. Pude conhecer profissionais extraordinários”, afirma.

Com a equipe de Concórdia a atleta conquistou:

1º Joguinhos Abertos (categoria júnior);

1º em competições estaduais adultas (JASC e jogos universitários);

1º Sul Centro Americano (2019);

3º no Brasileiro Júnior (2021 e 2022);

Melhor armadora esquerda do brasileiro júnior 2021;

3º nos Jogos Universitários Brasileiros (2019 e 2023)

2º Jogos Universitários Brasileiros (2021);

4º na Liga Nacional de 2023;

Melhor armadora esquerda da Conferência Sul da Liga Nacional em 2023;

Francieli representou as cores do Concórdia até o ano de 2023. Desde então atua na equipe de Maringá. “Este ano iremos participar da Supercopa que irá acontecer no mês de março em Brasília, com a participação das 8 melhores equipes do Brasil”. A equipe também participará da Liga Nacional, além de competições estaduais.

Falando sobre o significado do esporte, Francieli afirma que ele abriu um novo caminho. “Um caminho totalmente diferente do esperado. O esporte me proporcionou crescimento pessoal e profissional significativo, cursei Direito, uma oportunidade que me permitiu expandir meus conhecimentos e alcançar meus objetivos acadêmicos. Além disso, também me proporcionou a chance de viajar e conhecer lugares incríveis. Não posso deixar de mencionar as pessoas e as amizades que conhecemos através do esporte. Isso não tem preço”, enaltece.

Sobre a representatividade feminina no esporte, a atleta acredita desempenhar um papel fundamental na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. “A representatividade feminina no esporte é essencial para inspirar novas gerações, mostrando que elas também podem alcançar os seus objetivos esportivos, além disso, é importante destacar que essa representatividade comprova que as mulheres são capazes de competir e se destacar em qualquer modalidade, promovendo a igualdade de gênero. Essa visibilidade feminina no esporte também incentiva a formação de uma sociedade mais ativa e saudável, o que é de suma importância na atualidade”.

FELIZ DIA INTERNACIONAL DA MULHER A TODAS!

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