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Itapiranga
sexta-feira, maio 23, 2025
ALESC

Injúria racial

Pois é! Ao que tudo indica mais uma cena lamentável foi registrada no futebol amador da região. Foi na partida entre Ypiranga e Cometa. Aos 36 minutos da segunda etapa os jogadores Edimar do Cometa e o Camisa 17 Igor do Ypiranga aram a se estranhar fora do lance de bola, com acusações e empurrões. Jocemar Klein, árbitro da partida, aplicou cartão vermelho para os dois. A partir de então jogadores e membros da comissão técnica aram a trocar empurrões e, nisto, o goleiro Dela também acabou sendo expulso. Nisto Edimar fez uma queixa ao árbitro e solicitou ao mesmo o registro de um boletim de ocorrência, pois o jogador Igor o teria chamado de “nego encardido”, conforme relatado em súmula. O contato à Polícia Militar foi feito e ambos os atletas foram encaminhados para serem ouvidos. Enquanto isto, 20 minutos depois da paralização,  o jogo teve prosseguimento.

Pois bem! Se aconteceu ou não aconteceu, é preciso que se diga que em 2023 uma nova lei ou a vigorar (Lei 14.532/23) quando o assunto trata da injúria racial. A pena de reclusão para esse delito é de dois a cinco anos (antes era um a três anos), sendo que o acusado não tem direito a fiança ou liberdade condicional até o julgamento. Além disso, o crime de injúria racial é imprescritível, e por isto pode ser julgado mesmo anos após o acontecimento. Se for cometido por mais de uma pessoa a pena poderá ser dobrada (quatro a 10 anos).

Vejam bem: Até cinco anos de prisão, crime inafiançável e imprescritível. Você se arrisca?

A nova lei também vale para locais destinados a atividades religiosas, artísticas, culturais ou esportivas, como teatros e estádios de futebol. Além das ações penais, quem for condenado vai ser proibido de frequentar os locais por até 3 anos.

Na partida entre Juventude e Inter, ocorrida no final de semana, também foi aberto um boletim de ocorrência, pois um jogador foi filmado fazendo gestos depreciativos, o que também pode vir a caracterizar injúria racial.

Opinião pessoal

Descarregar sua raiva e demonstração de machismo. É o que vem na cabeça para aqueles que cometem este tipo de atitude em estádios de futebol. Para muitos estes locais são o centro da impunidade. Lá eu posso, e nada vai me acontecer. Posso ser o machão, posso xingar o juiz, posso gritar e injuriar quem eu quiser, sou o rei do pedaço. “Seu filho da puta!. “Ladrão de merda”, “Macac…”.

Para estes é bom avisar: Além dos problemas legais – que aram por profundas alterações nos últimos anos e citadas acima – existe o ato do cancelamento público. Consiste na difamação, boicote e exposição pública destes indivíduos. “Vamos virar sua vida do avesso!”. “Você não vai mais existir”. Esta é a intenção.

Um dos casos mais graves aconteceu em 2014 quando uma garota foi flagrada por câmeras chamando o goleiro Aranha com nomes racistas em partida entre Grêmio e Santos. Desde aquele dia esta garota teve sua vida ceifada nas redes sociais e em sua vida pessoal. Perdeu seu emprego, perdeu sua casa – queimada –, perdeu sua dignidade. Nunca recebeu o perdão do goleiro. Teve que mudar o visual para tentar dar continuidade a sua vida já em frangalhos. Assim temos vários outros casos para exemplificar. Mas, tem aqueles que não estão nem aí! São imunes a qualquer legislação. São imunes à opinião pública. Muitos, pela manhã vão à igreja, oram não sei pra que! E à tarde estão lá, em campo ou na arquibancada destilando sua raiva, demonstrando sua hombridade. A estes resta dizer: Tua hora vai chegar!

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